Participe!!


pensador.info

sábado, 27 de agosto de 2011

Fwd: Amazônia: a saída é a floresta de alimentos! – parte 1

0 comentários
João Meirelles Filho
24 de Agosto de 2011

Biodiversidade. Ervas da Floresta. Crédito: Instituto Peabiru
A floresta de alimentos é a grande oportunidade para a Amazônia. Valorizar a floresta em pé, seu valor cultural, ambiental e econômico, em respeito aos povos que nela vivem. O que é a floresta? O índio a vê como shopping-center, tem tudo, oca-oikos; o caboclo, como provedora que complementa suas necessidades a todo momento; o madeireiro e o garimpeiro, como pilhagem, riqueza imediata; o pecuarista e o plantador de soja, como empecilho, dá boa fogueira, e depois, pasto-pra-sempre ou agricultura mecanizada, com mais fogo. O problema é que a visão destes últimos é a que prevalece, pois sucede que este modelo transformou 1/5 da Amazônia em cinzas[1], com pouca serventia para o Brasil.

Na lógica do progresso a qualquer custo, a floresta é inútil e, na maioria dos casos, nem a área de proteção permanente -- APP se respeita. Pesquisas preliminares com minhocas e outros seres microscópicos em florestas de refúgio de gado no Nordeste Paraense mostram que esta floresta é tão pobre quanto o próprio pasto.

E o consumidor, o que acha? Será que ao consumir o bifinho-nosso-de-cada dia o brasileiro considera que um em cada três bifes tem gosto de floresta amazônica queimada? Que cada bifinho, básico, de 250 gramas, significa 3 kg de CO², 3.500 litros de água, mudanças climáticas, caminhões de erosão, perda de biodiversidade e rios de lágrimas a povos tradicionais?

Não, o consumidor não pensa, engole a Amazônia do jeito que o supermercado a embala - mas, esta lógica é suicida! Resmungaria algum arguto observador, admirando-se desta história do achurrascamento da Amazônia. Sim, e qual é a saída? Se não se come carne (de boi), o que se come? Como os quatrocentos mil pecuaristas da Amazônia (pequenos, médios, grandes) viverão? Perguntam outros.

A proposta é simples: comer a Amazônia, devorar a Amazônia, a Amazônia-do-bem, com critério! E que critérios são estes? Primeiro, tem que ser bom pra saúde, alimentos com propriedades funcionais! Segundo, há que ser prazeroso, gostoso, só coisa boa! Terceiro, tem que encher a burra dos povos tradicionais que cuidam da floresta, e dos pequenos agricultores: floresta-bufunfa, ou seja, tem que ter valor, preço, respeito, prazo. Se o BNDES e Banco da Amazônia deram (do jeito que foi, doaram) R$ 2 bilhões aos pecuaristas, por que não dar o dobro às famílias que cuidam das florestas e rios? Quarto, tem que ser incorporado no bandejão do governo, no restaurante industrial das uber-empresas ( que atendem 300 mil refeições por dia, só na região), empresas que apregoam a sustentabilidade em seus relatórios, mas que não praticam na hora de levar o garfo à boca (preferem trazer frango de Santa Catarina, por exemplo).

E a sustentabilidade começa na merenda escolar: meu filho merece açaí com farinha e doce de cupuaçu e suco do camu-camu, e não esta bolacha cheia de gordura trans e salsicha em lata, com suco artificial, escolhida por mentecaptos carunchados em alguma esperta barafunda.

Quinto: tem que ser ético, moral. Não basta ser legal. Sexto, e penúltimo, quase: a Amazônia tá na moda. Como propõe o Senador Cristovam Buarque, vamos Amazonizar o Mundo, adaptemos o mundo à Amazônia e não o reverso, como foi nos últimos 400 anos. Façamos chique a moda de devorar a Amazônia! Chega de sushi de catupiri, kiwi com salmão!

Sétimo critério, prometo, último, tem que resolver o problema da fome. Não dá pra conservar a floresta se não for para quem nela e dela vive. E também melhorar a situação de quem entope as periferias de Manaus e Belém, atraídos pelas armadilhas das zonas francas e perspectivas de boa vida. Periferias de gordos e desnutridos, em tão precária, senão pior situação de quem ficou no interior.

O levantamento do IBGE sobre alimentação, o PNAD, realizado em 2004 e, cinco anos depois, em 2009, mostra que apesar de melhoras na insegurança alimentar, 40,3% dos domicílios da região Norte apresentam insegurança alimentar (nome moderno pra fome, o dobro das regiões Sul e Sudeste). E destes, ¼, ou seja, 9,2% do total, tem insegurança alimentar grave (cerca de três vezes a do Sudeste e quatro vezes a do Sul). Em 2004, era 10,9%. Ou seja, a situação não mudou. O boom econômico não chega na mesa do pobre da Amazônia. Além da piora na alimentação, há outros desafios, como o da monotonia alimentar: o consumo excessivo de farinha de mandioca, algum peixe e eventuais frutas e hortaliças resultam em distorções graves na saúde.

Perdão, esqueci-me, prometo, este é o ú-l-t-i-m-o: valorizar o que é seu! Se a gente da própria Amazônia não se valoriza ao que é seu, como o consumidor das outras plagas vai se interessar? Se o Brasil não valorizar o Brasil, o que será de nós? Cópia da cópia da cópia? Pesquisa científica já existe o suficiente, estão aí o INPA, a EMBRAPA, o Goeldi, a UFPA, a UFAM e outros centros mostrando o caminho e, isto, há décadas. A questão é que, quem define as políticas públicas acredita que o boi é a redenção, que comida regional é coisa sem futuro, que farinha e açaí é comida de pobre. Erraram redondamente, açaí é o ultra-chic!

____________________________
[1] São 70 milhões de hectares de florestas e outros ambientes que viraram pasto em menos de quatro décadas. Aliás, esta visão prevalece no Brasil, 2/5 do território são de pastos pra boi. No mundo se passa algo similar, quarenta por cento das terras aráveis são utilizadas para animais, principalmente bois.



João Meirelles Filho, mora em Belém, Pará, dirige o Instituto Peabiru e é autor de livros sobre a região - Livro de Ouro da Amazônia (Ediouro, 2003) e Grandes Expedições à Amazônia Brasileira (Metalivros, 2009), e está aprendendo a devorar a Amazônia.

domingo, 21 de agosto de 2011

Já chega! A geração Y nunca existiu

0 comentários
15 de agosto de 2011, às 18h01min
Os funcionários em sua empresa não são x, y, z ou qualquer outra classificação, mas pessoas mais ou menos resilientes; mais ou menos agressivas; mais ou menos ambiciosas
Por Eduardo Ferraz , www.administradores.com.br
A GfK, empresa especializada em pesquisas de mercado, desenvolveu um estudo envolvendo 29 países para analisar a satisfação dos jovens no mercado de trabalho. Entre os dados obtidos, um item chama a atenção: 39% dos entrevistados estão infelizes com o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. No Brasil, o descontentamento com a qualidade de vida é ainda mais impressionante: 59% dos jovens brasileiros têm "frequentemente" ou "quase sempre" esse sentimento.

Outro ponto surpreendente do estudo global é que 37% dos pesquisados alegaram que foram "forçados" a aceitar o trabalho no qual estão por causa da economia do seu país. Já entre os brasileiros, esse índice é mais baixo, 27%, por conta do aquecimento econômico. Só que aí, a tristeza fica para as corporações. Apesar das boas perspectivas de mercado, 69% das empresas, participantes de um estudo realizado pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias), em abril deste ano, afirmaram que têm muita dificuldade em contratar mão-de-obra qualificada. Para agravar, até 2015, o país precisará de 8 milhões de novos empregos formais - 1,9 milhão ainda em 2011.

A solução encontrada pelas empresas nacionais para atenuar esse "apagão" de mão-de-obra tem sido contratar pessoas cada vez mais jovens. A tal geração Y – segundo os teóricos, pessoas intolerantes, impacientes e ambiciosas, que não param nos empregos e ficam desmotivados com muita facilidade. Neste contexto, acredito que essa história de geração X e Y (e agora Z) é uma simplificação que tem sido utilizada como um álibi para explicar as dificuldades em se reter pessoas. Na Espanha, por exemplo, como o desemprego entre os 18 e 24 anos é de quase 50% (no Brasil não chega a 15%) a rotatividade é baixíssima e os jovens que conseguem um emprego fazem o máximo para mantê-lo. Será que não há geração Y lá e em outros países com alto desemprego?

A resposta é que o contexto muda, e as pessoas simplesmente se adaptam conforme o novo ambiente. Ou seja, sempre houve - há 30 ou 50 anos atrás, indivíduos impacientes e ambiciosos, como também os tranquilos e estáveis. Só que as regras eram outras, pois se cobrava resultados em longo prazo e, mesmo os agitados, se conformavam em ter um ou dois empregos durante a vida. Hoje a realidade é outra. Se uma empresa no Brasil contrata alguém que além de um bom currículo seja impaciente, ambicioso e competente e não dá oportunidades claras de crescimento, o que ocorre? Esse profissional arrumará outro emprego em pouco tempo! Seria um milagre se ele ficasse alguns anos (como ocorria há 30 anos) esperando ser notado, num mercado com desemprego baixíssimo e com enorme falta de mão-de-obra qualificada. Não cuidou bem, eles se mandam e aí aparece a clássica explicação: 'é que ele é da geração Y'. Aqui prevalece uma regra simples: tigre precisa de carne, não de alpiste.

Os funcionários em sua empresa não são x, y, z ou qualquer outra classificação, mas pessoas mais ou menos resilientes; mais ou menos agressivas; mais ou menos ambiciosas; e isso está ligado tanto com a personalidade (que mudará pouco) quanto com a atividade econômica (que continuará mudando muito). Se houver uma crise grave e o desemprego crescer, a geração "Y" desaparece e o jovem, antes exigente, aceitará o emprego que aparecer, ficando por lá até a situação melhorar. Sempre foi assim e sempre será.

O problema apontado pela pesquisa reflete o despreparo que sofrem muitas empresas, que não têm sabido escolher profissionais com perfis comportamentais adequados para cada função. A empresa contrata errado, o contratado fica infeliz (ele também não sabe o porquê), vai para outra empresa e ciclo vicioso se repete. A solução está no desenvolvimento de uma nova visão na área de Recursos Humanos, capaz de interpretar as necessidades, a personalidade e as atitudes das pessoas, independente da idade.

Para tanto, autoconhecimento e feedback 360 graus com frequência resolvem a maioria dos problemas. Infelizmente o processo de autoconhecimento e feedback interno ainda são vistos como uma atividade chata e até como desperdício de tempo. Para quebrar este paradigma, a participação e o comprometimento do CEO com o processo é indispensável, pois o exemplo vem de cima. Ele tem que demonstrar - a começar por si, que as pessoas certas nos lugares certos é o que fazem uma empresa ter alta performance, o resto é discurso.

Eduardo Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas e especialista em treinamentos e consultorias "in company", com aplicações práticas da Neurociência comportamental, possuindo mais de 30.000 horas de experiência prática. É pós-graduado em Direção de Empresas, especializado em Coordenação e Dinâmica de Grupos e autor do livro "Por que a gente é do jeito que a gente é?", da Editora Gente. 

DIGA NÃO Á SEPARAÇÃO DO PARÁ

0 comentários

EU DIGO NÃO!
        Aos Amigos e Profissionais de Outros Estados que moram e ganham seu sustento no Estado do Pará!

Tenho certeza que esta terra e seu povo te acolheram tão bem, que você não pensa mais em sair daqui. Esta é a forma de tratar do Paraense. Ao contrário de muitos estados do Brasil. Quando aqui se chega de fora, o paraense faz questão de levá-lo a todos os lugares para apresentá-lo a cidade e ao estado. A última visita é em sua própria casa, para almoçar um bom prato típico, regado a sorriso aberto e sincero, e ao bom bate papo entre amigos.

A você amigo de outro estado, peço que lembre que pode ter o Pará e ser bem recebido sempre, mas não seja desonesto e injusto a ponto de querer dividir nossa casa e tomá-la dos paraenses.

Não sou paraense, mas adotei este estado como minha casa e aqui vivo há quase 30 anos, sou testemunha do acolhimento do paraense e não posso concordar com isso. Me solidarizo com o povo daqui.

O Estado é grande, cabem muitos visitantes. Teremos o maior prazer em recebê-los sempre, mas não me venha com essa de deixar o Estado do Pará restrito a capital Belém e levar todas as NOSSAS, eu falei NOSSAS riquezas (do povo Paraense) embora.

Queremos dizer aqui, amigos. Se você vem mal intencionado, pode dar meia volta. Você não é bem vindo. Deixem-nos com nossos jacarés e voltem de onde vieram.

POVO PARAENSE E AMIGOS DE OUTROS ESTADOS QUE AQUI MORAM CONOSCO, não permitam que roubem nosso estado. Vamos unir forças para melhorar nossa casa juntos.

Nosso maior problema são os políticos e partiu deles esta idéia. Querem aumentar o número de políticos à nossas custas.

Serão 2 novos governadores, 6 novos Senadores, 16 novos deputados federais, sem falar de mais vereadores, secretários estaduais, assessores parlamentares e toda a corja de sanguessugas que sustentamos e que não nos ajuda em nada.

Ao povo paraense, peço que abram os olhos e não se deixem enganar com a história que sobrará mais dinheiro para melhorar a educação, a segurança, a saúde etc.

Já está provado que os três estados serão deficitários e dependerão da União para se manter.

Os novos estados terão um PIB insuficiente que consumirá toda a riqueza para custear apenas a burocracia e pagar a cambada de políticos corruptos.

Este é o maior golpe planejado da história contra um Estado da União.

É POR ISSO, E POR TER ADOTADO O PARÁ COMO LUGAR PARA VIVER E COMO BRASILEIRO QUE EU DIGO:

NÃO À SEPARAÇÃO!
E VOCÊ? VAI FICAR SÓ AÍ OLHANDO?
Repasse este e-mail a todos que amam o Pará

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

11 tendências sustentáveis

0 comentários
11 tendências sustentáveis

Como as empresas estão comunicando a sustentabilidade no mundo? E, principalmente, o que e de que modo vão comunicar o tema nos próximos anos?

 

Para responder a essas duas perguntas, Ideia Sustentável – usando a sua metodologia OTS (Observatório de Tendências em Sustentabilidade) – mapeou e identificou 11 tendências. São elas:

1) Consumidores exigentes, mais comunicação
Esse é um movimento que tende a se expandir em todo o mundo em resposta ao crescente interesse dos consumidores e às demandas por mais transparência.
O estudo sobre marcas verdes ImagePower (Cohn&Wolfe, Landor Associates e Penn Schoen Berland, em parceira com a Esty Environmental Partners), realizado em 2010  com 9 mil entrevistados em 8 países, incluindo o Brasil, revelou que 60% dos consumidores querem comprar produtos de empresas sustentáveis.
 
2) Inovação puxa comunicação de produtos
A valorização da sustentabilidade como vantagem competitiva tem levado cada vez mais empresas a comunicar não só aspectos convencionais como reciclagem e pegada de carbono, mas também iniciativas amplas relacionadas a produtos verdes.

Assim, compromissos efetivos com soluções para as mudanças climáticas seguem em alta nos Estados Unidos e na Europa, em virtude da relevância da questão e da crescente sensibilidade dos consumidores em relação a ela.

3) A velha história da lição de casa primeiro…
Cada vez mais empresas estão preocupadas em melhorar o desempenho em sustentabilidade antes de comunicá-la. A ideia parece óbvia, mas a história recente mostra que, contrariando o bom senso, muitas companhias quebraram a cara por botar o discurso a léguas da prática. Você, leitor, certamente conhece pelo menos uma empresa brasileira que cometeu esse equívoco. Arrisque fazer a sua listinha.

4) Mensagem valoriza o desempenho do produto, o bolso do consumidor e a contribuição para o planeta. Tudo ao mesmo tempo.
O desempenho do produto aliado à sustentabilidade é outra tendência que apareceu no radar. As primeiras ações de comunicação, adotavam um tom mais institucional. Agora, elas estão tratando a produção dos produtos e ainda contam com a "vantajosa" interação do consumidor.

Em um recente estudo sobre a comunicação da sustentabilidade no ponto de venda, a consultoria canadense Stratos identificou um crescimento no número de empresas que procuram "vender" ao consumidor a ideia de um benefício muito claro para a escolha de produtos mais sustentáveis. É o caso da P&G, com o seu papel-toalha Bounty Select a Size, que permite ao consumidor selecionar o tamanho das folhas de modo a evitar desperdício.

5) Simples é melhor
Considerando ainda o ponto de venda, observa-se uma tendência pela simplificação da mensagem da sustentabilidade. Um exemplo ilustrativo dessa tendência é a Marks&Spencer, maior rede de lojas de departamento do Reino Unido.

A rede britânica implantou uma campanha chamada Plano A, na qual transforma 100 compromissos em cinco pilares (Mudanças Climáticas, Resíduos, Matéria-Prima Reciclável, Parcerias Justas e Saúde), devidamente identificados por ícones. "Cinco anos. Cinco compromissos. 100 coisas para mudar. Porque temos apenas um mundo. E o tempo está acabando".

A intenção é comunicar rápido e de modo simples, com o intuito de fortalecer vínculos com consumidores cada vez mais bombardeados por informação verde. Uma inspiração para empresas varejistas brasileiras.

6) Verificação externa funciona como avalista
Cada vez mais empresas estão recorrendo à verificação externa e independente para validar suas estratégias verdes e metas de sustentabilidade corporativas. Na França, Alemanha e China, por exemplo, os consumidores se orientam quase que exclusivamente pelos selos de certificação.

7) Natural em alta
Tudo o que é "natural" segue em alta. Cada vez mais empresas se socorrem no procedimento de comunicar, nos rótulos, o "quão natural" é o produto.

Reconhecida como a "marca mais verde" dos EUA, segundo o estudo ImagePower-2010, a Burt´s Bees, empresa de produtos de cuidados pessoais, informa em suas embalagens o percentual preciso de "naturabilidade" de cada um deles e apresenta aos consumidores os benefícios de produtos naturais em relação aos convencionais.

Em conjunto com a Natural Products Association, a Burt`s Bees desenvolveu ainda um padrão para produtos de cuidado pessoal naturais, com o objetivo de sensibilizar consumidores num contexto caracterizado pela inexistência de regulação oficial.

8 ) Redes sociais, aí vamos nós!
Cada vez mais empresas vêm utilizando as ferramentas de mídia social para dialogar com públicos de interesse e ampliar o alcance de sua comunicação da sustentabilidade. Os vídeos on-line estão em alta entre os norte-americanos.

9) Preferindo o todo, em vez das partes
Cresce o número de empresas que estão trocando ações pontuais por um posicionamento mais amplo de sustentabilidade. A Timberland é apontada como emblemática dessa tendência, graças à iniciativa do Green Index Label (Rótulo de Índice Verde). A partir de três critérios: emissões de carbono, utilização de produtos químicos e consumo de recursos (a porcentagem, em peso, de materiais reciclados, orgânicos e renováveis), a empresa qualifica de 1 a 10 a "sustentabilidade" do produto.

As informações são registradas em uma etiqueta e disponibilizadas aos consumidores no ponto de venda.

10) O que focam as mensagens
Uma análise do que está sendo mais comunicado no ponto de venda revela uma ênfase à mudanças climáticas e energia – consumo de energia no ciclo de vida e uso do produto, matérias-primas com padrões éticos e ambientais; produtos químicos com segurança, materiais naturais, orgânicos e produtos químicos excluídos; gestão e uso da água; ações relacionadas a causas locais e globais, tais como o comércio justo, que proporcionem algum tipo de economia ao cliente e resultados financeiros para organizações.

11) Marcas sustentáveis mobilizam consumidores, empregados e parceiros
Parece crescer a consciência de que a sustentabilidade é um componente ético fundamental na construção de marcas. E, ainda, que marcas sustentáveis geram uma aura de simpatia e interesse. Criam audiências, favorecem proximidade e despertam confiança.

 

Ricardo Voltolini é publisher da revista Ideia Sustentável e diretor da consultoria Ideia Sustentável. Twitter: @ricvoltolini. Topblog: http://www.topblog.com.br/sustentabilidade.

Fonte: Agenda Sustentável.

 

Portal HSM
23/02/2011


Belo Monte traz 'pesadelo' logístico para empresas

0 comentários
Belo Monte traz 'pesadelo' logístico para empresas - 18/07/2011

Local: São Paulo - SP
Fonte: Valor Econômico
Link: http://www.valoronline.com.br/


André Borges

Uma das maiores obras de engenharia em curso no mundo, a usina hidrelétrica de Belo Monte terá de ser construída no meio da selva a partir do nada e criar até mesmo a infraestrutura que torne possível sua existência - um pesadelo logístico de R$ 26 bilhões

Peças de até 300 toneladas terão de vir pelo rio Xingu para um porto ainda inexistente.  O atual vive do tráfego de pequenas embarcações para transporte de passageiros e serve para pouca coisa.  Um ambiente de trabalho para 22 mil pessoas vai requerer um aeroporto de porte compatível e o de Altamira, feito apenas para aviões pequenos, dará lugar a outro em que pousem Boeings.  Não é uma tarefa fácil.  A Infraero chegou a lançar o edital para a reforma, mas com a dificuldade de abastecimento e de acesso à região, nenhuma empreiteira se candidatou.

A péssima Transamazônica, a BR-320, que se torna ainda pior no Pará, onde será erguida a hidrelétrica, precisará de 700 km asfaltados para a construção da usina.  Para movimentação de obras, homens e material, mais 400 km de estradas terão de ser abertas.

Se esses desafios fossem pouco, a natureza coloca vários outros, alguns intransponíveis.  Nos próximos meses começam a desembarcar unidades da série de 700 máquinas para as obras - de caminhões a retroescavadeiras, um total de R$ 4,5 bilhões em equipamentos - que virão principalmente pelo rio Xingu.  A oscilação de vazão entre períodos de cheia e de baixa do rio é grande e muda o calendário dos trabalhos.  "Quando se fala de janela hidrológica, não é brincadeira.  Nessa região você trabalha seis, sete meses por ano.  O resto do tempo é procurar um jeito de trabalhar", diz Luiz Fernando Rufato, diretor de construção do consórcio Norte Energia, responsável pelas obras.

Canteiros pioneiros, com tendas e ar-condicionado, começaram a ser erguidos no meio da mata.  Funcionários passarão seis meses nessas bases provisórias, para construir os três canteiros definitivos e quatro refeitórios que, juntos, produzirão até 70 mil refeições por dia.  Neles, haverá quartos com camas individuais, casa lotérica, caixa bancário, templo religioso, centros de lazer, lan house e lanchonete para vender, inclusive, cerveja.  Para reduzir a chance de conflitos, como os que ocorreram nas obras do rio Madeira, a contratação da mão de obra local terá prioridade.  Treze mil trabalhadores já se inscreveram, e só 287 são forasteiros.

Crises políticas são inimigas imprevisíveis de Belo Monte.  A suspensão temporária das licitações feitas pelo Dnit, do Ministério dos Transportes, poderá afetar a pavimentação da Transamazônica.

Energia: Infraestrutura precária exige plano detalhado para não atrasar obra

Bastaria camuflar máquinas e homens para que os primeiros movimentos que começam a se espalhar no entorno de Altamira (Pará) se confundissem com uma complexa operação do Exército.  Não é nada disso.  Mas o engenheiro Luiz Fernando Rufato prefere lançar mão de expedientes militares para definir o clima que passou a tomar conta das margens do rio Xingu.  "Começamos uma campanha de guerra.  Estamos longe de tudo e temos prazo para garantir o trânsito livre na região.  Nosso desafio se chama logística, e nós começamos a enfrentá-lo", diz.

Rufato é diretor de construção do consórcio Norte Energia, grupo de empresas responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte.  Há dez dias, as primeiras máquinas que abrirão caminho até os pontos onde serão instalados os canteiros de obra desembarcaram no município de Vitória do Xingu.  São as primeiras ações práticas depois que o Ibama liberou a licença de instalação da obra e virou a página de 35 anos de alterações de projeto, protestos e críticas sem fim.

Os primeiros funcionários já estão em treinamento, aprendendo em videogames como operar caminhões, retroescavadeiras.  Hoje são algumas centenas de homens trabalhando em um pequeno centro de treinamento, em Altamira.  Em três anos, haverá 22 mil pessoas distribuídas em três canteiros de obra, no meio da mata da Volta Grande do Xingu, a cerca de 80 quilômetros dali.Os canteiros pioneiros, montados com tendas e ar condicionado, começaram a ser erguidos no meio da mata.  Funcionários passarão seis meses nessas bases provisórias, para construir os três canteiros definitivos e quatro refeitórios que, juntos, terão capacidade de produzir 70 mil refeições por dia.

A complexidade logística de Belo Monte, empreendimento orçado em R$ 26 bilhões, vai exigir todo o tipo de obra viária para que, durante seus nove anos de construção, o empreendimento transcorra como planejado.  Para tanto, o aeroporto de Altamira terá de ser ampliado e a rodovia Transamazônica, finalmente pavimentada.  Outros 400 quilômetros de estrada serão abertos.  No rio Xingu, o consórcio vai construir um novo porto, para apoiar a chegada de máquinas pesadas, parte delas vindas de outros países.

Para reduzir dificuldades, o consórcio construtor tem priorizado a contratação de quem vive na região.  Mais de 13 mil pessoas se cadastraram para trabalhar na obra.  Dessas, só 287 não são da região.  "O ideal seria contratar as 22 mil pessoas nos municípios próximos da obra, mas não será possível.  Por isso, vamos treinar e contratar todos que conseguirmos", diz Rufato.

Na cabeça dos gestores de Belo Monte está a preocupação de evitar os problemas que macularam as obras das usinas do Madeira, em Rondônia, além de dar uma resposta positiva à enxurrada de críticas que prevê o caos social, com a chegada de milhares de pessoas a uma região que é carente de todo o tipo de serviço básico.  Nos canteiros, estão previstos quartos com camas individuais, e não beliche.  Os locais terão casa lotérica, caixa bancário, templo religioso, centros de lazer, lan house e lanchonete vendendo de tudo, inclusive, cerveja.  "E com álcool", completa Rufato.  "Se você não consegue controlar algo, não adianta proibir.  Mas quem quiser, vai ter de pagar um preço alto."