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domingo, 22 de junho de 2014

Cittaslow: a revolução de gestão pública inspirada no vinho

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segunda-feira, 30 de julho de 2012 (lido em 22/06/2014)

Caras e caros amigas, amigos, alunas e alunos.

Há muito venho me questionando sobre este nosso frenesi do sucesso em que entramos a partir da revolução industrial e que vem num crescendo que não sabemos hoje até onde iremos e que tem causado o esgotamento dos recursos do planeta em ritmo cada vez mais rápido, do "desenvolvimento", do consumo, de ser o primeiro, pois o segundo é "perdedor", me perguntando: O que é ter sucesso? Ser competente? Porque sempre mais, mais rápido, ter mais, "administrar" o tempo para que possamos fazer mais em menos tempo e isso sempre me incomodou profundamente.

Desde que conheci o movimento slowfood através de meu amigo Fabio Sicilia, chef e restauranteur em Belém, e a ideia do ócio criativo de de Biasi, me perguntei se esta ideia não poderia ser estendida a outras esferas da vida humana. Viver para sentir o sabor das coisas, o perfume, embeber-se da vida, ou CURTIR, como no Facebook. Esta entrevista que se segue mostra que existe um caminho, que não estou só nestes questionamentos e que, efetivamente, pode haver uma saída para sermos felizes antes de termos nos desgastado durante toda a vida, sem saboreá-la, para a aproveitarmos apenas quando não tivermos mais tempo e saúde para isso.

Não penso em um retrocesso da vida, retorno ao primitivo, ou da economia, da ciência, olho sempre para frente e vejo como um desafio para criar novos caminhos que permitam que vivamos todos, os mais rápidos e os mais lentos, sem culpa, felizes. Acredito, ao contrário do que diz na entrevista, que esta ideia também pode ser aplicada a cidades maiores. Por que a qualidade de vida tem de ficar restrita a pequenas comunidades?

Vamos colocar nossa inventividade, empreendedorismo, competência, para resolver essa equação: Desenvolver a sociedade sem destruir o planeta, nossa sanidade, e sermos felizes.
 

Paolo Saturnini foi presidente nacional da Associazzione Cittá Del Vino, que reúne as cidades italianas produtoras de vinhos e é um especialista sobre chiantis. É autor dos livros "Vini da mangiare", com 200 receitas de uso do vinho na culinária, e "Giallo in cucina", sobre o uso do açafrão, em parceria com Marco Mazzoni, produtor de açafrão.


Saturnini foi prefeito de Greve in Chianti, pequena e charmosa cidade da Toscana italiana entre 1995 e 2004, re-eleito duas vezes, e em seu primeiro mandato foi mentor e primeiro presidente do Movimento Cittaslow, a mais revolucionária proposta de desenvolvimento urbano sustentável, nascida em 1999 em Greve já está sendo aplicada em cerca de 150 cidades de 25 países. As memórias sobre seu território e o Cittaslow foram registradas por ele no livro "L'armonia Del Chianti – riflessioni su una terra in bilico" (em tradução livre, "A harmonia de Chianti – reflexões sobre uma terra em equilíbrio").
 O Cittaslow, uma proposta simples e genial, nasceu numa mesa de restaurante, inspirada em uma taça de vinho, como me disse Saturnini nesta entrevista: "Tive a idéia de expandir o conceito de "lentidão" proposto pelo movimento Slow Food – focado na qualidade, integridade e prazer do que se come - para a cidade inteira, porque nas casas de Greve comemos sempre com prazer e alegria e o vinho - o mais poderoso ícone da "slow food" - é parte quotidiana de nossos hábitos alimentares."


Com 59 anos, atualmente Saturnini é presidente honorário e presidente do Conselho Garantidor de Qualidade da organização e continua em Greve in Chianti onde é empresário do setor imobiliário, de onde sai apenas para fazer palestras sobre vinho ou sobre o Movimento Cittaslow.

Como todo bom apaixonado por vinhos, é um excelente companheiro para um jantar com vinhos chianti. Pois foi num jantar assim, de quase 3 horas, que Paolo Saturnini me recebeu, em fins de abril no restaurante La Piazza Del Vino, em Florença, na Itália, para me conceder esta entrevista exclusiva sobre a gênese e o desenvolvimento do Movimento Cittaslow.


Tudo o que um repórter exigiria: uma excelente conversa com uma fonte riquíssima: Paolo é o de casaco escuro

O Movimento Cittaslow propõe a melhora da qualidade de vida dos cidadãos a partir de propostas vinculadas ao território, ao meio ambiente, ao respeito cultural e ao uso de novas tecnologias usando como "arma" o protagonismo comunitário. Simples na concepção, nasceu inspirada no Movimento Slow Food e se propaga em cidades pequenas, evitando que cometam os  mesmos erros das cidades que crescem sem controle. Como diz Saturnini, cidades pequenas devem preservar; cidades grandes precisam revolucionar – e não sabem como. O Brasil tem 5.017 municípios com menos de 50.000 habitantes e pode criar centenas de Cidades Lentas salvando do caos urbano 65,2 milhões de brasileiros. Esta reportagem procura mostrar o caminho. Para saber mais acesse http://www.cittaslow.org


O Movimento incentiva o desenvolvimento de profissões baseadas no talento individual


Ruschel:
Como nasceu a proposta de Cittaslow?



Saturnini:
A idéia nasceu em 1999, logo após o Congresso Mundial do Slow Food em Orvieto, na Itália, do qual eu havia participado. Como prefeito estava preocupado para resolver um dilema: como permitir que Greve in Chianti pudesse continuar a receber cada vez mais turistas sem perder a identidade e seus valores culturais, parte fundamental do que atraía os turistas, e ao mesmo tempo compartilhar os benefícios para toda a comunidade, e não apenas para alguns poucos? E melhorar a qualidade do produto turístico, a solução de qualquer destino turístico sob pressão de volume, não era possível, porque nosso turismo já era de alta qualidade.



A praça principal de Greve in Chianti

Foi quando tive a ideia de expandir o conceito de "lentidão" proposto pelo movimento Slow Food – focado na qualidade, integridade e prazer do que se come - para a cidade inteira. Afinal, nas casas de Greve comemos sempre com prazer e alegria e o vinho - talvez o mais poderoso ícone da "slow food" - é parte quotidiana de nossos hábitos alimentares. Na verdade, pensei inicialmente na possibilidade de estender o princípio da "lentidão" também para outras coisas além da comida, e com isso sensibilizar pessoas que ainda não tinham abraçado a causa do Slow Food. Pensei que se tivesse o apoio de prefeitos e instituições municipais que representam dezenas de milhares de homens e mulheres, poderia facilitar a implementação dos objetivos do movimento Slow Food mais rapidamente. Parecia uma boa ideia: bastava pedir aos políticos, em primeiro lugar, mas também para as pessoas da cidade como um todo, um ato de vontade: a vontade de ser parte de um projeto estratégico importante, o projeto do Slow Food.

Ruschel:
Como são as relações da Cittaslow com o Slow Food?

Paolo:
As organizações estão intimamente relacionadas, no sentido de que Cittaslow faz parte do Slow Food através de um representante nacional, e o presidente da Cittaslow faz parte do Conselho de Governadores do Slow Food na Itália.


 Gastronomia local é a base do desenvolvimento com qualidade de vida e respeito à cultura dos moradores e ao território

Ruschel:
Quem foram os promotores iniciais da ideia?
 

Paolo:
O Município de Greve in Chianti, juntamente com as cidades de Orvieto, Bra, Positano e com o Movimento Slow Food.

Ruschel:
Qual a ideia básica do Movimento Cittaslow?

Paolo:
O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos cidadãos a partir de propostas vinculadas ao território, ao meio ambiente, ao protagonismo comunitário e ao uso de novas tecnologias. O inimigo é o estresse, a pressão de valores não naturais, a perda de referências, a pressa. Tudo isto gera má qualidade de vida. Em pequenas comunidades como Greve in Chianti as pessoas estão vinculadas ao território: elas nascem, crescem, moram e trabalham em fazendas, casas, ruas e bairros. Conhecem cada árvore, cada casa. Vivem no território do município, um espaço que deve ser seu e que deve ser fonte de harmonia e prosperidade. E este ambiente deve ser respeitado e valorizado, e não envenenado como é a tendência no que se refere ao meio ambiente. Queremos valorizar o território e não apenas ocupá-lo.
A bandeira do Cittaslow já tremula em 25 países como aqui em Sokndal, na Noruega



Ruschel:
E como esta "valorização do território" se manifesta na prática?

Paolo:
Para aderir à rede, os municípios candidatos devem ter até 50.000 habitantes e atender a diversos compromissos, entre os quais:
·      A política de planejamento deve servir para melhorar o território, e não apenas para ocupá-lo

·      Devem implementar uma política ambiental baseada na promoção da recuperação e reciclagem de resíduos, quando não for possível evitá-los

·      Devem usar os avanços tecnológicos para melhorar a qualidade ambiental e de áreas urbanas

·      Devem promover a produção e utilização de produtos alimentícios obtidos de maneira natural e ambientalmente respeitosos, excluindo os produtos transgênicos

·      Devem entender que o fortalecimento da produção local deve estar ligada ao território: agricultores e moradores tradicionais devem preservar suas mais antigas tradições, mesmo quando é incentivado o relacionamento entre consumidores e produtores

·      Devem implementar, quando necessário,  políticas e serviços públicos de defesa de grupos geralmente excluídos

·      Devem promover a hospitalidade respeitosa e a convivência harmoniosa entre os moradores e turistas, sem exploração, mas com valorização

Devem mobilizar e educar a consciência
dos residentes e dos operadores turísticos sobre o que significa viver em uma cidade lenta e suas implicações, com especial atenção para a sensibilização dos jovens, através de planos de formação específicos.

 Greve in Chianti recebe milhares de turistas na noite de Natal
  
Ruschel:
Você pode dar exemplos práticos?

Paolo:
Sim, posso dar alguns exemplos do que foi conquistado em Greve in Chianti.

Um está relacionado ao planejamento urbano, onde, para assegurar o desenvolvimento sustentável na minha comunidade, reduzimos drasticamente a previsão de novos edifícios, tanto residenciais como para atividades produtivas. Reduzimos o limite de 250.000 metros cúbicos construtivos de leis anteriores e aprovamos um novo plano diretor que colocou em primeiro lugar o aproveitamento das áreas existentes, e apenas como último recurso, a construção de um novo edifício. Outro exemplo é o do comércio, onde, como em qualquer cidade você tem lojas com áreas de autoatendimento, mas o morador prefere o comércio tradicional, contribuindo para a preservação de uma importante base econômica, social e cultural. Outro exemplo é o do turismo, onde, em face de forte crescimento da demanda, incentivamos o surgimento de pequenos hotéis derivados da reutilização de edifícios existentes, em vez de recorrer à construção de complexos hoteleiros de grande porte. Também associamos a qualidade e a origem de alimentos produzidos localmente à educação, educação alimentar e educação ambiental, incentivando o uso de merendas ligadas ao território e à cultura. Um último exemplo é o da paisagem agrícola, onde, com o apoio de enólogos, adotamos padrões e práticas para a criação de novos vinhedos com técnicas mais respeitosas em relação ao solo e a paisagem.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Alzheimer

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Como eu estou me preparando para ter Alzheimer.

Como eu estou me preparando para ter Alzheimer Como eu estou me preparando para ter Alzheimer
Como eu estou me preparando para ter Alzheimer
Eu gostaria de falar sobre meu pai. Meu pai tem Alzheimer. Ele começou a ter sintomas há cerca de 12 anos, e foi diagnosticado oficialmente em 2005. Agora ele está muito doente. Precisa de ajuda para comer, precisa de ajuda para se vestir, ele não sabe direito onde está ou em que dia estamos, e tem sido muito difícil. Meu pai foi meu herói e meu guia por grande parte da minha vida, e eu passei a última década assistindo-o desaparecer.
Meu pai não está sozinho. Há cerca de 35 milhões de pessoas no mundo com algum tipo de demência, e espera-se que até 2030 esse número dobre para 70 milhões. É muita gente. A doença nos assusta. Os rostos confusos e as mãos trêmulas das pessoas que têm demência, o grande número de pessoas que têm a doença, tudo isso nos assusta. E por causa desse medo, tendemos a fazer uma de duas coisas: Nós negamos: "Não sou eu, não tem nada a ver comigo, nunca vai acontecer comigo". Ou, nós decidimos que iremos prevenir a demência, e nunca acontecerá com a gente porque iremos fazer tudo certo e ela não nos pegará. Eu estou procurando uma terceira maneira: estou me preparando para ter Alzheimer.

Prevenir é bom e estou fazendo as coisas que podem ser feitas para prevenir o Alzheimer.Eu estou comendo direito, estou me exercitando todos os dias, estou mantendo minha mente ocupada, isso é o que a pesquisa diz que você deve fazer. Mas a pesquisa também mostra que não há nada que irá proteger você cem por cento. Se o monstro quer você, o monstro irá pegá-lo. Isso foi o que aconteceu com meu pai. Meu pai era um professor universitário bilíngue. Seus hobbies eram xadrez, cartas e escrever artigos. Ele teve demência mesmo assim. Se o monstro quer você, o monstro irá pegá-lo. 

Especialmente se você é como eu, porque o Alzheimer tende a se repetir em família. Portanto, eu estou me preparando para ter Alzheimer.

Baseada no que aprendi cuidando do meu pai e pesquisando o que é viver com demência, estou focada em três coisas na minha preparação: estou mudando o que eu faço por diversão, estou trabalhando para construir minha força física, e – essa é difícil – estou tentando me tornar uma pessoa melhor. Vamos começar com os hobbies. Quando você tem demência, fica mais difícil se divertir. Você não pode ter longas conversas com os velhos amigos, porque você não sabe quem eles são. É confuso assistir televisão, e geralmente muito assustador. E ler é simplesmente impossível. Quando você cuida de alguém com demência, e recebe um treinamento, eles o treinam a envolvê-los em atividades que lhes são familiares, que envolvam a prática, sem um final planejado. Com meu pai, isso acabou sendo deixá-lo preencher formulários. Ele era professor universitário em uma universidade estadual ; ele sabe lidar com documentos. Ele assina o nome em cada linha, checa todos os espaços, coloca números onde acha que deveriam haver números. Mas isso me fez pensar, o que meus cuidadores fariam comigo? Eu sou filha do meu pai. Eu leio, escrevo, penso muito sobre saúde de uma forma geral, eles me dariam jornais acadêmicos para eu rabiscar nas margens? Eles me dariam tabelas e gráficos para que eu pudesse colorir? Então tenho tentado aprender coisas que são práticas. Eu sempre gostei de desenhar, então estou desenhando ainda mais, mesmo que eu seja muito ruim.Estou aprendendo um pouco de origami. Consigo fazer uma caixa muito legal. E estou ensinando a mim mesma a tricotar, até agora consigo tricotar algo redondo.

Mas, sabem, não importa se sou boa nisso. O que importa é que minhas mãos sabem como fazer. Porque quanto mais coisas são familiares, mais coisas minhas mãos sabem como fazer, mais coisas com as quais eu posso ser feliz e ocupada quando meu cérebro não estiver mais no comando. Eles dizem que as pessoas que estão envolvidas em atividades são mais felizes, é mais fácil para os cuidadores e pode até desacelerar o desenvolvimento da doença. Tudo isso parece uma vitória para mim. Eu quero ser tão feliz quanto puder pelo máximo de tempo possível. Muitas pessoas não sabem que Alzheimer na verdade tem sintomas físicos, assim como cognitivos. Você perde o senso de equilíbro,tem tremores musculares, e isso leva as pessoas a se movimentarem menos. Elas têm medo de andar por aí. Têm medo de se movimentar. Então eu estou fazendo atividades que irão construir meu senso de equilíbrio. Estou fazendo yoga e tai chi para melhorar meu equilíbrio, então quando eu começar a perdê-lo, eu ainda serei apta a me mover. Estou fazendo levantamento de peso, assim eu tenho força muscular então quando eu começar a murchar, terei mais tempo para continuar me movendo por aí.

Finalmente, a terceira coisa. Estou tentando me tornar uma pessoa melhor. Meu pai era gentil e amável antes de ter Alzheimer e ele é gentil e amável agora. Eu o vi perder sua inteligência, senso de humor e conhecimentos de língua, mas eu também vi isso: ele me ama, ama meus filhos, ama meu irmão e minha mãe e seus cuidadores. E esse amor faz com que queiramos estar em volta dele, mesmo agora. Mesmo quando é tão difícil. Quando você leva embora tudo o que ele já aprendeu neste mundo, seu coração despido ainda brilha. Eu nunca fui tão gentil como meu pai e nunca fui tão amável. E o que eu preciso agora é aprender a ser como ele. Preciso de um coração tão puro que, se for atingido pela demência, ele sobreviverá.

Eu não quero ter a doença de Alzheimer. O que eu quero é a cura nos próximos 20 anos, rápido o bastante para me proteger. Mas se ela vier para mim, eu estarei pronta.

Alanna Shaikh – Expert em saúde global, gerente sênior com vasta experiência na gestão de sistemas de saúde, HIV e saúde materna e infantil.
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domingo, 15 de junho de 2014

Mais dicas sobre apresentações

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8 hábitos que podem arruinar suas apresentações

Mesmo a melhor apresentação pode virar um fracasso caso o orador cometa alguma dessas gafes

Redação, Administradores.com, 11 de junho de 2014, às 10h00

Thinkstock




O colaborador do site Inc. Geoffrey James, após ler um artigo sobre erros de apresentações que os vendedores cometem frequentemente na frente dos clientes, escrito pela consultora de vendas Colleen Francis, percebeu que muitos dos itens listados se aplicam a todos os tipos de apresentações.

Para conscientizar as pessoas sobre o perigo desses corriqueiros lapsos, que muitas vezes passam despercebidos, o autor enumerou 8 hábitos que podem arruinar até as melhores apresentações. Veja se você já sofreu com algum deles e saiba o que fazer para consertar tais falhas:

1. Começar com uma desculpa
O hábito: você está atrasado, não tem o material necessário ou seu equipamento está quebrado. A desculpa já antecede os problemas de sua apresentação.
Por que é um erro: um pedido de desculpas no começo da reunião gera uma impressão negativa e faz você parecer uma vítima. Ninguém quer fazer negócios com uma vítima.
O que fazer no lugar: inicie a apresentação com uma observação otimista, como se nada estivesse errado, para demonstrar que você mantém a calma sob pressão - o oposto de ser uma vítima.

2. Pedir mais tempo
O hábito: você acha que tem pouco tempo para repassar as principais informações e pede mais.

Por que é um erro: se falta tempo devido a um atraso seu, você está sendo ainda mais indelicado, e se é porque sua apresentação é longa, bem, sua apresentação deve ser sintetizada. 

O que fazer no lugar: se você estiver atrasado, finalize a apresentação na hora marcada e, se ela está grande, lembre-se de que ser prolixo não é uma qualidade.

3. Apressar os slides
O hábito: você tem pouco tempo para finalizar sua apresentação, mas falta ainda a metade dos slides, então você começa a passá-los apressadamente.
Por que é um erro: geralmente isso acontece quando os slides iniciais desencadearam discussões, então você se adianta para que o público mantenha-se calado até o fim da apresentação.

O que fazer no lugar: adapte o restante do Power Point para o assunto que foi debatido, pois claramente é o que importa para seus espectadores.

4. Criar desculpas pessoais
O hábito: você diminui as expectativas do público ao pedir desculpas antecipadamente pelo seu desempenho (ex.: "estou exausto"; "cheguei em casa tarde ontem").
Por que é um erro: na verdade, essa desculpa é para si próprio, para você não se sentir tão mal caso falhe. Além disso, ninguém gosta de ouvir os outros se lamentarem por seus problemas.

O que fazer: mostre-se entusiasmado, independente de como estiver se sentindo. Esteja inteiramente presente e se esforce para dar o máximo de si.

5. Ler slides
O hábito: os slides mostram o que você pensa a respeito de determinado assunto. Em vez de explicar sua linha de raciocínio, você lê os slides em voz alta.

Por que é um erro: se você está fazendo uma apresentação para pessoas que sabem ler, você será entediante.

O que fazer: faça dos slides indicadores visuais para os pontos que você está expondo, em vez de uma versão escrita ou resumo de tais pontos.

6. Virar as costas
O hábito: você fica se virando para ler os slides ou então abaixando a cabeça para ler suas anotações.

Por que é um erro: você está agravando o hábito 5, com falta de profissionalismo.
O que fazer: foque no público e olhe para ele enquanto se apresenta.

7. Falar muito rápido
O hábito: você tem muito material para compartilhar, então fala rápido para dar tempo de apresentar tudo.

Por que é um erro: a partir do momento que você precisa falar com rapidez, sua apresentação está maior do que deveria. Além disso, você vai parecer nervoso.

O que fazer no lugar: diminua a apresentação para não ter que se preocupar com o tempo. Caso você esteja falando rápido por nervosismo, escreva "CALMA" em cada página de suas anotações.

8. Inquietação
O hábito: você remexe as anotações, olha para o relógio, começa a se coçar, passa a mão no cabelo etc.

Por que é um erro: você vai tirar a atenção do público da apresentação e ao fazer isso, tornará o conteúdo que está passando desinteressante e menos eficaz.

O que fazer no lugar: quando for ensaiar a apresentação, ensaie sua performance e o que fazer com as mãos - ensaie o suficiente até que os tiques nervosos desapareçam.