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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Por Que os Programas de Liderança Ainda Não Me Tornaram um Líder Melhor?

Maio 10, 2011

Quando penso sobre a efetividade dos programas corporativos que objetivam o desenvolvimento da liderança, me vem à mente um artigo que li no New York Times do colunista David Brooks sobre a reforma da educação nos EUA. Ele observou que bilhões de dólares têm sido colocados em novos e impressionantes programas escolares, a maioria de efeitos duvidosos. Quando as escolas têm gerado resultados espetaculares é porque os estudantes se importam, os professores se importam e os pais se importam.

Em outras palavras, não se trata do quão elaborado é o programa e sim das pessoas envolvidas.

Pois é, e quando se traça um paralelo com os programas corporativos de liderança, iria além: não se trata da qualidade do programa, ou mesmo do coach, trata-se do protagonista, isto é, de VOCÊ.  A pergunta que faço é o quão engajado você está para se tornar um líder melhor?

Alguns anos atrás Howard Morgan e Marshall Goldsmith estudaram oito empresas diferentes e 86.000 participantes, 11.000 dos quais eram líderes. Eles consideravam que as empresas geralmente mediam o sucesso dos programas de coaching executivo solicitando aos participantes que avaliassem o instrutor, o local e até mesmo o coffe break.  Então queriam agora estimar a satisfação pela quantidade de mudança duradoura que fora produzida, de acordo com os stakeholders, ou seja, com base nas pessoas que efetivamente trabalham com a liderança.

Nesse estudo, cada líder focava em uma a três áreas específicas de aprimoramento, recebia feedback via um processo 360 e então era requisitado a discutir o que ele aprendeu com seus colegas de trabalho. Também pediram aos colegas que avaliassem se essa pessoa se tornara um líder mais efetivo.
Vejam os resultados:

    • Quando o líder não realizava follow up algum, nada mudava. Quando as pessoas diziam “Meu colega participou desse programa, mas não me falou nada sobre ele”, podia-se antecipar que fora uma completa perda de tempo.
    • Com um pouco de follow up com os colegas, havia algum aprimoramento.
    • Com bastante follow up (consistentes e periódicos contatos com um colega) os resultados iam às alturas.

Em Suma. A bola é sua, não é do coach, não é do livro, não é do programa. Se você está lendo um livro, ou assistindo palestras sobre liderança, mas não está efetivamente praticando o conteúdo acessado é como assistir o Arnold Schwarzenegger levantar pesos: VOCÊ NÃO VAI GANHAR MÚSCULOS. Esse é inclusive o motivo pelo qual a dupla citada anteriormente escreveu um artigo (baseado naquele estudo), cujo título é ”Liderança é um Esporte de Contato“. Para se tornar um líder melhor, você tem que ter o desejo interno de mudar, colocar em prática o conhecimento que se acessa e – isto sim é chave – ter a humildade e a coragem de discutir o seu progresso com um colega noqual confia.



Sem dúvida o processo de coaching pode apoiá-lo, mas a alavanca para uma efetiva mudança é você e seu relacionamento com as pessoas ao seu redor.
Para esta e outras habilidades que queira levar à sério, conte comigo.
Pablo

P.S.1 – Para me seguir no Facebook – https://www.facebook.com/coachingexecutivo

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